5/10/2009

Greve dos trabalhadores começou há 12 dias
Na sexta, 7.053 agências ficaram fechadas no país.

Os bancários, em greve há 12 dias, realizam uma nova assembleia a partir das 17 horas desta segunda-feira (5) para decidir os rumos do movimento. A continuação da greve foi decidida pelos trabalhadores após duas rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizadas nos dias 1º e 2 de outubro, que terminaram sem acordo.


Os negociadores da Fenaban afirmaram que encaminharam as simulações discutidas aos respectivos bancos e que agora quem decide são os donos dos bancos, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


Segundo o sindicato, além das agências bancárias da região central da capital paulista e da Avenida Paulista, a paralisação será mais concentrada nos prédios administrativos onde estão escritórios dos presidentes dos bancos.
 
Balanço
Na última sexta, 7.053 agências bancárias ficaram fechadas e a greve atingiu todos os estados e o Distrito Federal, segundo a confederação. Em São Paulo, 32 mil trabalhadores de 740 locais de trabalho ficaram parados, segundo o sindicato dos bancários da cidade.
 As áreas das agências bancárias que concentram os caixas eletrônicos e outros terminais de autoatendimento estão sendo mantidas abertas, para que os clientes possam usá-las, segundo o sindicato dos bancários em São Paulo.

Fonte: Agência Estado

30/9/2009

A Receita Federal em São Paulo informou que uma comparação de dados econômicos disponíveis - já declarados ou não à Receita por 920 empresas paulistas -, resultou na coleta de "graves indícios de sonegação avaliada preliminarmente em R$ 1 bilhão, somente nos oito primeiros meses de 2009".

"Balanços contábeis, registros de entradas e saídas de mercadorias vendidas, receitas previdenciárias, movimentações financeiras, dados fornecidos por contribuintes pessoas físicas e jurídicas, cartórios, imobiliárias e administradoras de cartão de crédito e corretoras de ações em bolsa de valores, mercadorias e futuros, uma vez confrontados, revelaram centenas de empresas, individualmente, com variação milionária no recolhimento de tributos", informou a Receita.

Com as fiscalizações, previstas até o final do ano, a Superintendência da Receita Federal do Brasil em São Paulo pretende apurar essas irregularidades a fim de chegar aos motivos dessa discrepância entre o ritmo da atividade econômica desses contribuintes e o respectivo recolhimento de tributos fiscais.

Uma das hipóteses é que as empresas investigadas teriam - sob pretexto da desaceleração da economia decorrente da crise financeira internacional - lançado mão de artifícios para mascarar seus resultados nas demonstrações contáveis e demais dados declarados à Receita", informou.

"A atividade econômica das empresas investigadas não encolheu no mesmo ritmo dos seus resultados declarados à Receita Federal. Nesse primeiro levantamento encontramos 920 empresas com fortíssimos indícios de sonegação e já estamos preparando mais um levantamento que pode aumentar ainda mais esse universo", afirma José Guilherme Antunes de Vasconcelos, superintendente da Receita Federal em São Paulo.

Uma medida que pode combater a sonegação foi proposta pelo deputado Beto Albuquerque que visa a permitir a inclusão no Simples - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - dos serviços de corretagem de seguros e de representação comercial.


 

Fonte: DCI

30/9/2009

O crescimento do crédito deve continuar a ser puxado pelos bancos públicos e pela pessoa física no último trimestre do ano, no entanto, a expectativa é que as instituições privadas aumentem as concessões, com maior participação de empresas, em 2010.

"No próximo ano, os privados deverão arriscar mais, sob pena de perder mercado", crê o professor de Economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite. Para ele, o crédito às empresas já mostra uma situação mais regular depois da crise, com sinais de crescimento até dezembro.

Dados do Banco Central referentes a agosto, divulgados ontem, mostram uma expansão de 1,5% nas operações de crédito no País, em relação a julho, a um saldo total de R$ 1,326 trilhões. Os empréstimos a empresas apresentaram um crescimento de 1,3%, a R$ 383,929 bilhões. Já na pessoa física, a expansão foi de 1,8%, a um estoque total de R$ 302,702 bilhões.

Nesse período, as operações de crédito do sistema financeiro público apresentaram uma alta de 2,3%, ante 1,3% do sistema privado e 0,3% entre os estrangeiros, a saldos de R$ 535,974 bilhões, R$ 539,907 bilhões e R$ 250,861 bilhões, respectivamente.

Para o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes, as expectativas para as vendas de fim de ano são positivas, no que depender do crédito. Os dados revelam que o prazo médio das operações de crédito com recursos livres para a pessoa física atingiu 498 dias corridos em agosto, o mais alto da série.

Segundo ele, esse alongamento, combinado com a trajetória de queda dos juros e com a retomada do crescimento do crédito consignado, leva a uma expectativa positiva para as vendas de final de ano. "Todos esses fatores levam à tomada de mais crédito pelas famílias", disse.

De acordo com a autoridade monetária, a média diária das concessões de crédito cresceu 7,3% em agosto em relação a julho, atingindo R$ 7,114 bilhões. A média de agosto de 2008 foi de R$ 7,028 bilhões, que representou alta de 1,2% nessa base de comparação. Lopes informou ainda que a média diária de concessões de crédito livre em setembro, até o dia 17, teve queda de 3,9% na comparação com a média diária de todo o mês de agosto. A média das concessões para a pessoa física caiu 6% e a da pessoa jurídica cedeu 2,5%, no período.

As concessões para pessoa física tiveram média diária de R$ 2,671 bilhões, com alta de 6,7% ante julho. Já para empresas, a média diária das concessões atingiu R$ 4,443 bilhões, com alta de 7,7% ante julho. Lopes disse que o volume de crédito com recursos livres teve crescimento de 0,8% em setembro até o dia 17.

Ele destacou ainda a expansão do crédito habitacional. Segundo o executivo, essa linha, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), passou de 1,3% em dezembro de 2005 a 2,1% no final de 2008. Segundo último dado do BC, essa relação chegou a 2,7% em agosto, com um saldo total de R$ 75,878 bilhões. "Ainda é baixo, mas está crescendo", disse.

Em relação à inadimplência, o professor da Trevisan acredita que a tendência é se manter estável, como já mostrado nos dados de agosto. "Já reduziu-se a alta acumulada durante a crise, mas a retomada econômica pode provocar um ligeiro aumento. Uma coisa deve compensar a outra."

Nos juros e no spread bancário, Leite acredita em continuidade na queda até o fim do ano. "Ainda não foi repassada toda a baixa na Selic. Até o fim do ano, porém, deve chegar a um limite", acredita.

Segundo Lopes, a taxa de juros das operações de crédito livre teve alta de 0,2 ponto percentual até 17 de setembro, na comparação com agosto, atingindo 35,6% ao ano.
A taxa de juros para a pessoa física ficou estável em 44,1%, no período, enquanto a de pessoa jurídica subiu 0,3 ponto percentual, para 26,7%.

Fonte: DCI

29/9/2009

Cerca de 50 empresas solicitaram ao governo federal autorização para trazer suas máquinas para o País.
A crise global provocou um movimento de transferência de linhas de produção ou até de fábricas inteiras do exterior para o Brasil. Cerca de 50 empresas solicitaram ao governo autorização para trazer suas máquinas para o País, revela o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os pedidos de importação foram feitos por diversos setores como alimentos, têxtil, químico, móveis e mineração. A origem das linhas de produção também é variada: Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Alemanha, Reino Unido. Boa parte das solicitações veio dos fabricantes de autopeças – setor em que o desempenho do mercado brasileiro está muito melhor que o resto do mundo.

É a discrepância entre o Brasil, que já saiu da crise, e os países ricos que provoca as transferências. Com a queda da demanda nos EUA e na Europa, as multinacionais ficaram com capacidade ociosa lá fora. A crise também provocou uma quebradeira de empresas, criando oportunidades para companhias brasileiras comprarem máquinas usadas no exterior por uma fração do preço das novas.

A Coteminas realizou uma das maiores transferências de máquinas do exterior para o País. Depois de adquirir a americana Springs, a empresa, que pertence à família do vice-presidente José de Alencar, desativou nove fábricas nos Estados Unidos. As máquinas foram distribuídas pelas unidades de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte.

“É melhor produzir aqui e exportar para os EUA. E, com a crise, parte da produção que ia para os clientes americanos agora fica no Brasil”, disse o vice-presidente industrial da Coteminas, Pedro Bastos. Entre as vantagens de trazer a produção para o País, estão a qualidade do algodão, o menor custo da mão de obra, e a proximidade com o grupo controlador. Ele conta que a crise tornou as transferências mais complicadas, porque significou perda de empregos para os americanos.

A lista de empresas que estão apostando no Brasil incluiu multinacionais como Nestlé e Motorola. A fabricante de celulares importou da unidade do México a tecnologia para fabricar em Jaguariúna (SP) equipamentos para banda larga sem fio. A produção começou em junho. De acordo com o vice-presidente da área de mobilidade, Eduardo Stefano, os incentivos fiscais e os altos custos de importação foram as razões para produzir localmente. Ele afirmou ainda que o Brasil é carente em tecnologia de banda larga.

A Nestlé trouxe do México uma linha completa para fabricação e envase de água mineral. O maquinário inclui desde a sopradora de garrafas até a empacotadora. A linha desembarcou no Brasil em julho e já está em operação. Com a ajuda das novas máquinas, a multinacional lançou no País a marca de água Nestlé Pureza Vital – a mais vendida do mundo. O objetivo é buscar a liderança no mercado de água mineral paulista, o maior do País com 30% das vendas.

Segundo o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, as empresas decidem as transferências de plantas cada vez mais rápido e o Brasil se tornou o alvo pelo bom desempenho na crise. Ele disse que o governo quer tornar ágil a entrada das linhas de produção no País. Como se tratam de máquinas usadas, o procedimento requer licenças de importação, que demoram de quatro a seis meses para serem liberadas. “Queremos fazer em 30 dias.”

A “importação” de fábricas é polêmica. O investimento é sempre bem-vindo, porque aumenta a produção e cria empregos. Mas ao autorizar a entrada de máquinas usadas, o governo pode desestimular o setor de bens de capital. O movimento de transferência de linhas de produção já provocou reclamações dos fabricantes de máquinas junto ao ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. “Corremos o risco de sucatear o parque industrial brasileiro. O setor de bens de capital ainda não saiu da crise”, disse Nelson Deduque, diretor de mercado externo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

As empresas argumentam que importar uma linha de produção usada pode reduzir em até 80% o custo do investimento. Isso permite que companhias de médio e pequeno portes também aumentem a produção. “Saiu pela metade do preço. Gastamos US$ 500 mil em máquinas que valem US$ 1 milhão. Foi uma das principais razões da transferência”, disse a coordenadora de comércio exterior das Linhas Bonfio, Rita de Cássia Pereira. A companhia trouxe, em maio, uma linha de produção de fios têxteis. As máquinas pertenciam a uma fábrica desativada no Canadá .

A Bio Springer, fabricante de extrato proteico, composto utilizado em alimentos como macarrão instantâneo, trouxe uma nova linha de produção para o País, que aumentou em 30% a capacidade de sua planta. Segundo Antonio Panzionoto, diretor industrial, a centrífuga veio da República Tcheca e as outras máquinas, da França. “Eram máquinas do grupo. É mais barato do que comprar tudo de novo no Brasil.”

Também há casos de empresas que não atuavam no País e estão chegando por meio de transferência de plantas. A fabricante de móveis portuguesa Iduna vai trazer uma unidade de Braga para Cotia, na Grande São Paulo. “O potencial do mercado brasileiro é grande, mas para ser competitivo é preciso produzir aqui. Além disso, o impacto da crise foi mais violento na Europa”, disse o proprietário da empresa, Alberto Araújo.

Fonte: O Estado de São Paulo

29/9/2009

Em outubro, entrará em fase de teste o Sistema Integrado de Comércio Exterior do Setor de Serviços, Siscoserv, uma base de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) que prestará informações do setor de serviços. Com esse sistema as empresas poderão se cadastrar e obter informações de legislação para exportação, estatísticas do comércio exterior, procuração eletrônica, registro de serviço prestado dentre outros.

O Siscoserv será acessado pela internet, por meio da Certificação Digital e produção eletrônica. O sistema registrará informações comerciais e fiscais relativas às transações entre residentes e domiciliados no Brasil e no exterior.

De acordo com nota do MDIC, a mediação brasileira de comércio internacional de serviços, via sistema informatizado, será uma iniciativa pioneira no mundo.

Para o presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon, essa medida pode impulsionar e permitir maior investimento estrangeiros no setor de serviços. Pietrobon ressalta que o Siscoserv também é uma conquista contra a burocracia, entrave que a Fenacon tem trabalhado para reduzir significativamente no país.

Saiba mais...

Os interessados em participar do teste devem informar os contatos (nome, cargo, telefone, e-mail) para o endereço: mailto:siscoserv@mdic.gov.br

Fonte: Fenacon

29/9/2009

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) brasileiro, medido pela Fundação Getulio Vargas, ficou estável em setembro, mantendo os 111,0 pontos registrados um mês antes. De acordo com levantamento, o resultado “confirma a acomodação do ICC no patamar alcançado em julho, após cinco meses consecutivos de avanço, entre março e aquele mês”.

O documento destaca que o indicador se mantém próximo dos 112,2 pontos registrados no mesmo período de 2008. Além disso, supera a média histórica de 107,1 pontos. A avaliação da FGV é que esse panorama “retrata um consumidor moderadamente otimista em relação aos rumos da economia brasileira no curto prazo”.O índice que reflete a opinião dos consumidores brasileiros sobre a situação atual subiu de 114,0 para 114,5 pontos. Já o índice de expectativas caiu de 109,4 para 109,1 pontos.

A pesquisa mostra que a situação financeira familiar foi considerada boa por 19,1% dos consumidores. Em agosto, a proporção havia sido de 18,6%. Já os que a avaliaram como ruim em setembro representam 13,5% do total, ante o índice de 13,7% verificado um mês antes. O resultado é o mais favorável desde outubro de 2008, após o início da crise financeira internacional. Na época, os percentuais haviam sido, respectivamente, 20,5% e 13,7%.

De acordo com o levantamento, no entanto, os brasileiros estão cautelosos em relação à continuidade dessa recuperação nos próximos seis meses. Entre agosto e setembro, a proporção de consumidores que preveem melhora da situação financeira familiar diminuiu de 33,0% para 31,7% e a parcela dos que projetam piora aumentou de 4,3% para 4,6%.

O Índice de Confiança do Consumidor é medido com base na Sondagem de Expectativas do Consumidor, que é feita em mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. Para realizar a análise, foram coletados dados entre os dias 31 de agosto e 18 de setembro.

Fonte: Agência Brasil

28/9/2009

O último fim de semana de isenção no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos fez aumentar as vendas em concessionárias de São Paulo. Algumas chegaram a vender o dobro do registrado em outros finais de semana.


A Peugeot, que realizou um feirão no Shopping Center Norte, vendeu 440 carros no sábado (26). O número superou o registrado normalmente em finais de semana: entre 200 e 250 carros, segundo a assessoria de imprensa da montadora.


O desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será reincorporado pelas montadoras de forma gradativa a partir da próxima quinta-feira (1º). Por isso, a corrida dos clientes foi pelos carros disponíveis em estoque, já que, para compras por encomenda em que o carro só será faturado após a quarta (30), não haverá mais o desconto do imposto.


“O consumidor veio pra comprar e, se percebe que não tem o modelo, aceita outro, mesmo com item a mais de opcional, para aproveitar a vantagem do IPI”, conta Nasser Salloum Filho, gerente-geral da Catalbiano no Pacaembu. O resultado, segundo ele, foi um aumento de 100% nas vendas no fim de semana.

 “Tem cliente que queria carro preto e está levando vermelho. Quem queria um Palio 1.0, muda para Palio 1.4. Estão pegando o que tem”, conta o supervisor de vendas da Itavema Fiat no Itaim, Leandro Silveira de Macedo.


Na rede Itavema Fiat – cinco lojas na capital – as vendas aumentaram até 60% para alguns modelos, na comparação com um fim de semana comum. “Acho que vou começar meu dia na segunda com o estoque 50% menor”, prevê a gerente-geral do grupo, Ana Maria Junqueira. Ela espera que as vendas sigam o mesmo ritmo até a quarta.

Em algumas concessionárias, a falta de carros em estoque teve de ser driblada. “As vendas estão sendo [feitas] com prazo de mais ou menos 15 dias. Não vou ter todos os veículos na pronta-entrega. Estou vendendo e honrando o preço”, explica Vytas Sipas, gerente da Da Vinci no Morumbi, que, desta forma, conseguiu “praticamente dobrar” as vendas no fim de semana.

1ª parcela 'esticada'

Além do desconto no IPI, quem foi às lojas em busca de um carro novo recebeu diversas ofertas, como IPVA grátis, aparelhos de som e até a primeira parcela bem "esticada". “Dependendo do valor da entrada e do prazo [de financiamento], temos a primeira parcela para 90 dias, inclusive [para pagar] com o 13º salário”, conta Luciano Vieira de Almeida, gerente de vendas da Brasilwagen, na Vila Guilherme.


Segundo ele, a rede, com seis lojas, vendeu 250 carros novos desde o sábado até as 16h deste domingo (27), quatro horas antes de terminar o feirão. “Vamos chegar a 300, com certeza”, disse.
 
Compra adiada

O governo anunciou a redução do IPI no dia 15 de dezembro do ano passado. Para carros populares, de até mil cilindradas, o imposto caiu de 7% para zero e, para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, recuou de 13% para 6,5%. Para carros flex (bicombustível) e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Não houve alteração para veículos com mais de duas mil cilindradas.


A partir da quinta (1º), haverá um aumento gradual do imposto. O IPI de carros de até mil cilindradas subirá para 1,5% em outubro, para 3% em novembro e para 5% em dezembro, retornando ao patamar anterior de 7% no dia 1º de janeiro de 2010.

 Para alguns, o fato de o IPI aumentar gradualmente a partir da quinta – em percentuais menores - pode levar alguns consumidores a adiar a compra do carro novo.

 “Para muita gente, esse 1,5% não muda muita coisa. Muitos acabam se preparando mais e comprando o carro [depois], mesmo com R$ 500 a mais”, opina o gerente de vendas da Superfor no Butantã, Sérgio Shiguero, que participou de um feirão em Guarulhos.

Segundo ele, as vendas de veículos novos no feirão corresponderam a 50% da expectativa inicial.

Fonte: G1

25/9/2009

As Bolsas da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira, com a fraqueza do setor financeiro --em particular entre os bancos-- superando ganhos das ações de energia.


A Bolsa de Paris caiu 0,51% no índice CAC 40, para 3.739,13 pontos; a Bolsa de Frankfurt perdeu 0,42% no índice DAX, para 5.581,41 pontos; a Bolsa de Madri fechou em baixa de 0,35%, indo para 1.217,70 pontos no índice Madrid General; a Bolsa de Amsterdã fechou em baixa de 0,94%, com 305,63 pontos no índice AEX General; e a Bolsa de Zurique fechou em baixa de 0,61%, indo para 6.236,91 pontos no índice Swiss Market. A Bolsa de Londres, na contramão, teve ligeiro ganho de 0,06%, indo para 5.082,20 pontos no índice FTSE 100.


O índice FTSEurofirst 300, referência das principais Bolsas europeias, caiu 0,18%, para 985 pontos, após oscilar entre 990 e 982 pontos. O indicador acumula baixa de 2,1% na semana.


Os bancos registraram as maiores perdas dentro do FSTEurofirst 300. Credit Suisse, UBS, Lloyds Banking Group, Deutsche Bank, Barclays, Julius Baer e BNP Paribas recuaram entre 0,2% a 5,6%.


As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos caíram inesperadamente em agosto, apresentando o maior declínio em sete meses. Já as vendas de novas moradias no país aumentaram em agosto, porém ficaram abaixo das expectativas,


A confiança do consumidor norte-americano no final de setembro, contudo, atingiu o nível mais alto desde janeiro de 2008.


Grandes petrolíferas deram algum suporte ao índice europeu, conforme os preços do petróleo avançaram acima de 66 dólares o barril. BP, BG Group, Royal Dutch Shell and Tullow Oil ganharam de 0,3% a 3,3%.


"A razão mais atraente para comprar ativos é porque as autoridades continuam operando políticas extraordinárias. Estamos caminhando no mundo dos ativos para valorizações provavelmente acima da média no longo prazo", disse Jim Reid, diretor de estratégia de ativos europeus e de crédito global do Deutsche Bank, em Londres.


"Se eles continuarem colocando cada medida, cada estímulo em vigor, não há razão para que os ativos não possam continuar sendo negociados acima da média no longo prazo, especialmente se a rentabilidade dos bônus permanecer muito baixa."


   


 

24/9/2009

Reconhecimento da Moody's foi o primeiro a ser concedido após a crise.

Agora o país tem recomendação das três principais agências de risco.

O grau de investimento concedido pela agência de classificação de risco Moody's na terça-feira (22) foi recebido pelo mercado como um “carimbo” importante que atesta o bom desempenho e a rápida retomada do crescimento da economia do Brasil durante a crise, afirmaram especialistas consultados pelo G1.

"Tem um peso simbólico importante por ser o primeiro (grau de investimento) vindo após uma crise muito grande, dando um carimbo de que o país conseguiu sair dela rapidamente", afirmou o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto.

O grau de investimento é uma avaliação feita pelas agências considera as condições fiscais (das contas públicas) e as contas externas, além do marco regulatório e condições políticas, entre outros fatores.

Mais do que a elevação da nota – que, na prática, é uma recomendação para que os investidores coloquem mais recursos no país –, analistas comemoram o tom positivo da declaração sobre a economia brasileira.

Entre outros elogios, a Moody's classifica o Brasil como “vencedor” e compara o país positivamente em relação a outras nações. O texto destaca a curta duração da recessão no Brasil.

'Bem na foto'

“O tom da declaração do relatório atesta que, se houver um outro ‘mergulho’ na economia mundial, o Brasil está entre os países que enfrentarão bem”, afirma Luis Otávio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil.

“Normalmente, essa notícia não teria tanto impacto por já ser o terceiro grau de investimento que o Brasil recebe mas, por ser nesse contexto de crise, o Brasil ficou bem na foto", afirma Leal.

Outro ponto importante, segundo o economista Silvio Campos Neto, é o fato de a agência ter dado ao Brasil a perspectiva positiva para futuras revisões. “Mostra que eles vêem como possível elevar ainda mais a notas do país”, afirma.


Peso da nota

Para Daniel Motta, professor da escola de negócios Insper, as agências de classificação de risco perderam um pouco da credibilidade que tinham antes da crise, depois que atribuíram muitas notas altas a instituições financeiras que depois se relevaram as mais contaminadas pelos "títulos podres" das hipotecas de alto nível de inadimplência (subprime), que desencadearam o processo de quebra de bancos.
 
"Elas davam ratings bons para fundos de investimentos no exterior que eram extremamente 'podres', de pessoas que não tinham condições de honrar suas dividas imobiliárias. Como é que eu investidor posso confiar no rating se elas o davam para esses bancos que quebravam?",questiona.
Apesar das dúvidas, analistas concordam que ainda não surgiu outra ferramenta para orientar o investidor sobre quais os países devem ser destinos seguros para dinheiro.

"Obviamente que enfraqueceu (o papel das agências), mas o que fica no lugar? É a mesma coisa que o dólar: está mais fraco, mas ainda não há substituto. Ainda mais em termos de créditos soberanos", diz Leal, do ABC Brasil.

Situação fiscal

Ainda de acordo com o economista, uma boa notícia do relatório da Moody's é que ele sinaliza que a situação fiscal no Brasil não é fonte de preocupação para o mercado internacional – pelo menos por enquanto.

"O mercado interno estava começando a ficar preocupado com a questão fiscal no Brasil, principalmente com os gastos públicos com pessoal do governo, que têm crescido e não vão parar de crescer após a crise", afirmou.

Para ele, a agência demonstrou que a prioridade atual nas análises macroeconômicas do país é o crescimento da economia.

"Ficou claro pelo relatório da Moodys que a visão que o investidor estrangeiro com relação ao Brasil foi reforçada. Para eles, política fiscal não tem muito problema. O nome do jogo é crescimento. Isso vai dar uma certa tranquilidade do mercado", disse.

24/9/2009

Uma em cada dez pessoas com idade entre 5 e 17 anos trabalhava no Brasil em 2008. Esse volume (10,2%), que totaliza 4,5 milhões de crianças e adolescentes, manteve a tendência de queda, com redução de 0,7 ponto percentual em relação ao observado em 2007. Desta forma, cerca de 400 mil trabalhadores infantis deixaram essa condição, de um ano para o outro.


Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativa ao ano de 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, publicado anualmente, traz uma radiografia da situação econômica do país, com informações sobre população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimentos.


Para a secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Maria de Oliveira, a redução no número de trabalhadores infantis, no entanto, não representa um motivo de comemoração. Ela destaca que, principalmente, na faixa que vai dos 5 aos 13 anos qualquer tipo de trabalho é ilegal e pode comprometer o desenvolvimento de crianças e adolescentes.


“São reduções pouco expressivas, que vêm ocorrendo de forma lenta e pouco significativas, muito aquém tanto do ponto de vista da lei, já que até 14 anos toda forma de trabalho é contra a lei, quanto do ponto de vista dos compromissos internacionais que o Brasil assume. Até os 14 anos, a escola tem que ser prioritária e é dever do Estado e da sociedade assegurar esse direito, assim como o de brincar".


É o caso da empregada doméstica paraibana Socorro Vieira, que trabalhou na agricultura ajudando a mãe desde os 3 anos de idade. Hoje, aos 53, ela lamenta não ter tido oportunidade de estudar e brincar durante a infância e diz que se esforça para garantir esse direito aos filhos e netos.


“Eu nunca soube o que é brincar. Desde que me entendo como pessoa, já trabalhava na roça com a minha mãe. E hoje, se for preciso, deixo até de comer para que os meninos estudem e sejam crianças, possam brincar. É o único jeito de melhorar um pouco as coisas para eles”, afirmou.


A pesquisa revela também que a Região Nordeste continua apresentando os piores indicadores nessa área. É ali que se concentram 12,3% dos trabalhadores infantis, cerca de 1,7 milhão de pessoas. Por outro lado, foi também nessa região que se observou a maior redução na comparação com o ano anterior. Em 2007, essa parcela da população ocupada somava 1,8 milhão de pessoas, o que representava 13,4% do total. Por outro lado, a Sudeste reuniu a menor proporção: 7,9%, totalizando 1,3 milhão de pessoas.

Fonte: Agência Brasil

23/9/2009

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou na noite desta terça-feira, em São Paulo, que a concessão do grau de investimento ao Brasil pela agência de classificação de risco Moody's mostra que a economia País tem tido desempenho melhor durante a crise do que a de outros países que tinham avaliação superior das agências de risco.

"O comportamento da economia (brasileira) está superior a de muitos outros países com uma melhor avaliação das agências de investimento", disse Meirelles.

Ele afirmou que o grau de investimento vai favorecer os investimentos de longo prazo no País. Segundo ele, a nota melhora as perspectivas econômicas para o que classificou como "investimentos de qualidade".

"(O grau de investimento) melhora a qualidade dos investimentos. Não se deve olhar apenas o fluxo, mas a qualidade dos serviços", disse o titular do BC.

Como investimentos de longo prazo, Meirelles citou a compra de máquinas, implementos agrícolas e as aplicações no setor de serviços.

Segundo Meirelles, foi importante que a agência tenha melhorado o ranking do País com o mundo ainda em crise, "enquanto países ainda estão com suas economias ainda revisando os ratings (notas de classificação de risco), a Moody's classificou o País como um vencedor, com boa capacidade de resolver a crise".

"Se uma agência conservadora diz que é um país vencedor, então o Brasil tem boas condições de sair mais fortalecido da crise do que entrou, como vínhamos dizendo", disse ele.

O economista afirma que a avaliação mostra que o Brasil deu boa resposta, atacando os canais de transmissão da restrição ao crédito. "O Brasil fez uma sequência correta de investimentos", afirmou Meirelles.

Falando sobre o futuro da economia, Meirelles disse que o BC continuará sua política de responsabilidade monetária e fiscal e afirmou que o País continuará acumulando reservas internacionais.

23/9/2009

Dados mostram que brasileiros nunca deveram tanto no 'rotativo'.
Apesar dos juros altos, consumidor usa cada vez mais o cartão.


Os brasileiros nunca deveram tanto no cartão de crédito. Dados do Banco Central (BC) mostram que o uso do crédito rotativo, parcelamento com juros e saque somou R$ 14,56 bilhões em julho, um recorde. As dívidas acumuladas também bateram recorde: R$ 26,49 bilhões é o saldo acumulado no dia 31 de julho, segundo dados mais recentes do BC.

Apesar de o juro do dinheiro de plástico - atualmente em 237,9% ao ano - ser mais alto até que o do cheque especial, a participação dessa modalidade nos empréstimos só cresce.

Proporção

Hoje, a cada R$ 4 tomados emprestados pelas pessoas físicas, R$ 1 é no cartão. A inadimplência nas operações com cartões também é maior que nas outras operações de crédito. Segundo os dados do BC, em julho 28,3% das transações tinham atraso superior a 90 dias.

Especialistas afirmam que o aumento do consumo e o já elevado nível de endividamento nos financiamentos mais baratos explicam a busca pelo caro empréstimo do cartão.

Entre os principais empréstimos oferecidos às pessoas físicas, a linha mais cara é, curiosamente, a que ganhou mais clientes em julho. Enquanto o volume de novas operações no crédito pessoal cedeu 0,16% e o cheque especial caiu 1,02%, as novas concessões nos cartões saltaram 15,4% em julho ante junho.

Fonte: Agência Estado

22/9/2009

O rendimento médio mensal dos brasileiros, considerando todas as fontes, apresentou um aumento de 2% de 2007 para 2008, atingindo R$ 1.023.

O incremento foi o menor observado nas últimas quatro comparações anuais. Em 2008, quem mais sentiu a elevação foram as classes intermediárias de rendimentos.


Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente ao ano de 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo, publicado anualmente, traz uma radiografia da situação econômica do país, com informações sobre população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimentos.


A pesquisa mostra que, em 2008, enquanto os 10% de pessoas com rendimentos mais baixos não tiveram aumento real no rendimento médio, considerando todas as fontes, para os 10% com rendimentos mais altos a elevação foi de 1,1%.


De acordo com o índice de Gini (que mede o grau de distribuição da renda), houve redução na concentração dos rendimentos de todas as fontes no conjunto do país (de 0,535 em 2007 para 0,531 em 2008).


A análise regional indica que apenas a Centro-Oeste apresentou elevação do indicador (de 0,564 para 0,567). Essa também é a região com o maior grau de concentração de rendimentos de todas as fontes. A Norte registrou a maior queda (de 0,508 para 0,498).


Na avaliação sobre a renda média mensal dos domicílios com rendimentos, houve manutenção da tendência de aumento, com ganho de 2,8% de um ano para o outro, subindo para R$ 1.968.

Em 2007, o valor era R$ 1.915. A elevação ocorreu principalmente nas classes com rendimentos mais baixos, contribuindo para a redução na concentração do rendimento domiciliar para o país.

O índice de Gini para este indicador passou de 0,521, em 2007, para 0,515, em 2009. O mesmo movimento foi observado em todas as regiões, tendo sido mais intenso na Norte (de 0,498 para 0,478) e na Sul (de 0,484 para 0,477).

Fonte: Agência Brasil

22/9/2009

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por um desempenho melhor da economia neste ano. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no país, passou de 0,16% para 0,15%. Há quatro semanas a projeção de retração era de 0,34%.


Na última sexta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve queda de 1,2%.
A expectativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é de que a economia brasileira cresça 1% em 2009. O BC revisa suas projeções para o PIB no Relatório Trimestral de Inflação, que será divulgado ao final deste mês.


Para os analistas do mercado financeiro, a economia deve se recuperar em 2010, com crescimento de 4%. Essa é a mesma previsão da semana passada.
No que diz respeito à produção industrial neste ano, os analistas preveem retração de 7,28%, ante os 7,35% projetados anteriormente. Para 2010, a previsão de crescimento passou de 5,65% para 6%.


Os analistas também alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 42,50% para 42,75% neste ano e de 40,95% para 41% em 2010.


A projeção para a cotação do dólar ao final deste ano passou de R$ 1,85 para R$ 1,81. Para 2010, não foi alterada a projeção de R$ 1,85.


A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) neste ano subiu de US$ 24,3 bilhões para US$ 25 bilhões. Para 2010, a expectativa foi mantida em US$ 18 bilhões.


Para o deficit em transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), os analistas ajustaram a estimativa de US$ 15,050 bilhões para US$ 15  bilhões. Em 2010, a expectativa para o resultado negativo passou de US$ 22,2 bilhões para US$ 22,8 bilhões.


A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 30 bilhões, em 2010.

Fonte: Agência Brasil

18/9/2009

Google foi marca que mais se valorizou segundo ranking elaborado por consultoria.

O valor total das 100 maiores marcas globais caiu pela primeira vez desde 2000, quando o dado começou a ser medido por uma consultoria.

Segundo o ranking elaborado pela consultoria Interbrand e a revista BusinessWeek divulgado nesta sexta-feira (18), as 100 marcas comerciais mais bem-sucedidas em 2009 valiam, em conjunto, US$ 1,2 trilhão. O valor é US$ 55 bilhões - ou 4,6% - inferior ao do ano passado. A Interbrand atribui a queda à recessão econômica em vários países do mundo este ano.

Não houve mudança na posição das cinco primeiras marcas do ranking em relação ao ano passado - Coca-Cola, IBM, Microsoft, GE e Nokia.

A marca que mais se valorizou no último ano foi o Google, de serviços de internet, que pulou da décima para a sétima colocação no ranking. A Interbrand estima que a marca Google vale hoje US$ 31 bilhões, 25% a mais do que no ano passado.

Recessão

O relatório sobre as marcas mais valiosas destaca que o Google opera "com baixos preços e alta funcionalidade e transparência". Entre os produtos do Google destacados pela Interbrand estão o navegador Google Chrome e o software Android, para telefones.
Depois do Google, a empresa americana de vendas online Amazon e a espanhola de moda Zara foram as que mais se valorizaram.

As marcas que mais perderam valor foram do setor bancário e da indústria automobilística. As instituições financeiras Merrill Lynch e AIG, que no ranking de 2008 estavam nas posições 34 e 54, respectivamente, não aparecem na lista deste ano, após serem socorridas pelo governo americano. A suíça UBS perdeu metade do seu valor.

No setor automotivo, nenhuma das 12 marcas de montadoras que aparecem na lista aumentou seu valor em 2009. A Harley Davidson, de motocicletas, perdeu 43% do seu valor.
"A recessão fez com que os líderes das marcas tivessem o mais duro teste das suas carreiras", afirma o estudo da Interbrand.


"As empresas tiveram de ajustar rapidamente na medida em que os consumidores reexaminaram suas compras e repensaram sua lealdade às marcas."

O valor da marca é um cálculo feito por consultorias especializadas e é uma representação financeira do que a marca significa para os ganhos de uma empresa. O cálculo leva em conta três fatores: os ganhos financeiros obtidos pelas empresas com suas marcas, a preferência dos consumidores pela marca e estimativas sobre a capacidade da marca de gerar ganhos no futuro.

Para compilar a lista das 100 melhores marcas, a Interbrand faz uma lista preliminar das marcas globais baseada em consultas com várias empresas no mundo todo. Alguns setores - como telecomunicações e farmacêutico - são excluídos do ranking. No caso das telecomunicações, isso é devido ao alto nível de fusões e aquisições. No caso do setor farmacêutico, é porque os consumidores consomem produtos por exigências médicas.
A partir desta pré-lista, a consultoria analisa quais marcas tiveram melhor desempenho. A metodologia também exclui empresas que não disponibilizam amplos dados financeiros. Além disso, pelo menos um terço do valor das marcas que entram no ranking precisa ser obtido fora do país de origem.

18/9/2009

Restituições poderão ser sacadas a partir de 25 de setembro.
Lote tem 7,62 mil contribuintes com direito à restituição.

Do G1, em Brasília



A Secretaria da Receita Federal abre nesta sexta-feira (18), a partir das 9h, as consultas a um lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física 2007, ano-base 2006. Os lotes residuais referem-se a contribuintes que caíram na malha fina do Fisco.
 
O valor estará disponível para saque na rede bancária a partir de 25 de setembro de 2009 e terá correção de 26,86%, informou a Receita. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o telefone 146.


Do total de 29,3 mil contribuintes deste lote, 7,62 mil terão direito à restituição, no valor de R$ 15,1 milhões. Ao mesmo tempo, 17 mil pessoas físicas tiveram imposto a pagar, totalizando R$ 69,3 milhões. Outros 4,7 mil contribuintes não tiveram imposto a pagar ou a restituir.


Caso o valor não seja creditado, a Receita informou que o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento através do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

18/9/2009

Arrecadação federal teve queda real de 7,49% frente a agosto de 2008.
No acumulado do ano, somou R$ 432,1 bilhões, com recuo real de 7,40%.

G1, em Brasília


A arrecadação de impostos e contribuições federais, além das "demais receitas" (concessões e royalties, entre outros), totalizou R$ 52 bilhões em agosto deste ano, o que representa uma queda real (com valores corrigidos pelo IPCA) de 7,49% frente ao mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira (17) a Secretaria da Receita Federal. Os valores incluem as receitas previdenciárias.
 
Segundo o órgão, esse é o décimo mês consecutivo de recuo da arrecadação federal na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A comparação com o mesmo período do ano passado é considerada mais apropriada por especialistas.
 
"Não dá para saber quando a arrecadação vai deixar de cair. Não sei se tem, neste ano, possibilidade de voltar ao azul. Entramos em uma fase de recuperação em paralelo com indicadores específicos, como a produção industrial, mas não quer dizer que vai voltar a subir. O que existe é uma estabilidade", disse o coordenador-substituto de Estudos, Previsão e Análise, Raimundo Elói de Carvalho, a jornalistas.

Acumulado do ano

No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, informou a Receita Federal, a arrecadação total somou R$ 432,1 bilhões, o que significa uma queda real de 7,40% frente ao mesmo período de 2008.


Se a arrecadação se mantivesse estável frente ao mesmo período do ano passado, em termos reais, o governo arrecadaria R$ 34,9 bilhões a mais de janeiro a agosto de 2009. Por conta da frustração de receitas, já foram realizados ajustes no orçamento deste ano, por meio do corte de gastos.


Segundo dados da Receita Federal, a crise financeira é a principal responsável pela queda da arrecadação neste ano, além dos cortes de impostos efetuados pelo órgão - feitos justamente para reativar a economia por conta das turbulências internacionais.


Neste ano, a lucratividade das empresas recuou, pelo menos, 29,5%, enquanto a produção industrial caiu 12,8%; as importações caíram 31,2% em dólar. Todos estes fatores, que estão ligados à crise financeira internacional, contribuíram para derrubar a arrecadação em 2009.

Reduções de tributos

No acumulado de janeiro a agosto, segundo informou a Receita Federal nesta quinta-feira (17), as reduções de tributos geraram uma queda de R$ 17,3 bilhões na arrecadação de impostos e contribuições federais.


O órgão lembra que, além da redução do IPI de automóveis, de materiais de construção e da linha branca (máquinas de lavar, tanquinhos, fogões e geladeiras), também foi extinta a CPMF (pois a prorrogação não passou no Congresso Nacional), houve redução da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e redução da CIDE para gasolina e diesel. Também foi alterada a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

17/9/2009

A previsão de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano foi mantida em 4,30%. Para 2010, a estimativa foi alterada de 4,30% para 4,35%. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em projeções para os principais indicadores da economia.


As estimativas para o IPCA estão abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional de 4,5% para 2009 e 2010. A meta tem margem inferior de 2,5% e superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e o instrumento utilizado é a taxa básica de juros, a Selic. Na previsão dos analistas, o BC não deve mais alterar os juros básicos neste ano. A Selic está atualmente em 8,75% ao ano. Para o final de 2010, foi mantida a previsão de que a taxa básica será de 9,25% ao ano.


Os analistas do mercado financeiro também fazem projeções para os demais índices de inflação. No caso do Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), não foi alterada a estimativa de 4,21% para este ano. Para 2010, no entanto, a previsão foi ajustada de 4,50% para 4,45%.


Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa neste ano é de deflação. As estimativas de queda desses dois índices passaram de 0,67% para 0,26% e de 0,74% para 0,64%, respectivamente. Em 2010, os analistas mantiveram a projeção de inflação medida por esses dois índices em 4,5%.


A projeção para os preços administrados permaneceu em 4,20% em 2009 e em 3,5% em 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros).

Fonte: Agência Brasil

16/9/2009

O consumo das famílias tem sido responsável pela retomada da economia brasileira. Influenciadas pela desoneração de bens e pelo aumento do crédito e da massa salarial, as famílias gastaram 2,1% a mais no segundo trimestre de 2009 do que nos primeiros três meses deste ano, puxando o avanço de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), no período.


Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as famílias gastaram cerca de R$ 470 bilhões em valores correntes no período. Na comparação com o resultado do segundo trimestre de 2008, o consumo das famílias apresenta alta de 3,2%, e é o 23° crescimento consecutivo.


“O consumo das famílias nunca deixou de crescer, mas a taxa de crescimento tinha desacelerado. Agora, voltou a acelerar. Isso faz diferença, porque esse é o componente que mais influencia o PIB”, explicou a economista do IBGE Rebeca Palis, ao destacar o aumento da massa salarial de 3,3% no segundo trimestre de 2009 e de 20,3% nas operações de concessão de crédito para pessoas físicas.


Com o crescimento de 1,9% de um trimestre para o outro, o PIB interrompe uma trajetória de retração, chamada por alguns especialistas de recessão técnica. No primeiro trimestre, a queda foi de 1% e, no último trimestre de 2008, o recuo foi de 3,4%.


Para esse crescimento, o IBGE também destaca a primeira contribuição positiva desde 2005 do setor externo, com avanço das exportações (14,1%) sobre as importações (1,5%), além do crescimento de 2,1% da indústria. “Parte do que é consumido no país é importado. O consumo das famílias não inclui apenas produtos nacionais, mas também importados”, acrescentou Rebeca.


De acordo com o IBGE, contribuiu negativamente para o PIB a estabilidade do nível de investimentos no país de um trimestre para o outro, em função da queda na importação de máquinas e equipamentos.


No período, o governo também gastou menos (0,1%). E o setor agropecuário, influenciado por problemas climáticos, teve variação negativa de 0,1% .


 

Fonte: Agência Brasil

16/9/2009

Será de 22,5% a alíquota que incidirá sobre a rentabilidade dos depósitos de cadernetas de poupança acima de R$ 50 mil, em 2010.

A informação foi dada há pouco pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele informou que o governo enviará projeto de lei ao Congresso, com as mudanças para a poupança, ainda nesta semana.


Mantega explicou que a incidência da tributação sobre a poupança independerá do prazo da aplicação. E afirmou que o governo quer a mudança a partir de janeiro do ano que vem, mas, evidentemente, isso dependerá dos parlamentares.

Para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo não deve ter problemas para a aprovação, por ser "um projeto justo, para melhorar institucionalmente a poupança, que não pode ser afetado por discussões entre governo e oposição sobre as eleições de 2010".


Também presente à reunião do Conselhão para um balanço de um ano da piora na crise financeira global, Bernardo reiterou que "99% das cadernetas de poupança ficarão do jeito que são hoje, e vai haver uma mudança para um pequeno número de aplicadores".


O ministro da Fazenda lembrou que a mudança na poupança será para evitar fuga em massa de outras aplicações financeiras para as cadernetas. Com a queda dos juros, o rendimento de variação da Taxa Referencial mais 0,5% mensais torna a poupança mais atrativa em relação a outras modalidades de aplicação.


Mantega disse que não se confirmou a expectativa do governo, de que com a redução da taxa básica Selic, haveria uma migração forte para a poupança já este ano. "O mercado ficou estável. Não houve a migração, por isso, não precisamos reduzir a tributação sobre os fundos de investimentos", continuou ele.

Fonte: Valor Online

16/9/2009

A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, defendida pelo governo federal, não acarretará novos postos de trabalho. Além disso, as empresas brasileiras terão um aumento considerável no custo de produção, perdendo competitividade em relação a produtos de outros países.

Essa é a avaliação de representantes da indústria que participaram do Seminário sobre Cenários e Tendências da Legislação Trabalhista, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).


“Nossa carga tributária é a maior do mundo. O que se deu de incentivo ao empreendedor nacional? Essa proposta não passa de uma atitude eleitoral”, afirmou o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, José Maria Chapina Alcazar.


Ele também reclamou que o governo não controla as mercadorias que entram no país. “No Brasil entra qualquer tipo de produto sem controle se, no país de origem, ele é produzido com as exigências feitas ao empresário brasileiro. Alguns utilizam trabalho próximo ao de escravo”, completou.


O diretor de Relações Institucionais da CNI, Marco Antônio Guarita, disse que a redução da jornada do trabalho implicaria, de imediato, em uma oneração de pelo menos 10% do custo do trabalho. Segundo ele, a hora extra - que de acordo com a proposta de emenda constitucional que tramita no Congresso terá sua remuneração aumentada de 50% para 75% sobre a hora trabalhada - se tornaria fundamental para que as empresas mantivessem sua produção normal.


A superintendente de Recursos Humanos e Administração da Usiminas, Denise Brum, avaliou que o impacto da mudança dependerá da característica de cada empresa, como a quantidade de trabalhadores, horas trabalhadas individuais e o número de máquinas utilizadas. Nada disso, porém, segundo ela, influenciará no aumento de empregos.


A superintendente da empresa brasileira líder na produção e comercialização de aço disse ainda que o governo deve se responsabilizar pela qualificação profissional dos trabalhadores. “Deveria haver investimento do governo na formação de mão-de-obra ou benefícios às empresas que realizam esse treinamento, que tem de ser feito durante a jornada de trabalho”, defendeu Denise.

Fonte: Agência Brasil

11/9/2009

O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país.

O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra, por uma escultura, de madeira, R$ 30. No entanto, não é esta a contribuição dele para o PIB.

Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos --ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.

Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram a riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta em uma escultura.

O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores.
Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.
Se por acaso a riqueza gerada é menor que a registrada anteriormente, fala-se em contração da economia. Dois trimestres seguidos de retração indicam a chamada recessão técnica.

Fonte: Folha de S.Paulo

11/9/2009

A economia brasileira voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% frente aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a igual período em 2008, no entanto, o PIB (Produto Interno Bruto) teve recuo de 1,2%.

A alta frente ao trimestre anterior configura que o país saiu do quadro de recessão técnica, quando há duas retrações consecutivas. No primeiro trimestre, a queda foi de 1% após revisão (a leitura inicial era de queda de 0,8%), e no quarto trimestre de 2008, o recuo havia sido de 3,4% após revisão (o dado anterior era de queda de 3,6%).

No acumulado do semestre, a economia caiu 1,5% frente aos seis primeiros meses de 2008, a maior retração para um semestre em toda a série histórica, inciada em 1996.

Ao todo, a economia movimentou R$ 756,2 bilhões de abril a junho. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em junho) indica alta de 1,3% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país. O indicador é composto por indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

O consumo das famílias, um dos principais componentes do PIB, teve aumento de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o que mostra que os brasileiros continuaram a comprar apesar da crise, estimulados pela redução de impostos. Quando confrontado com o segundo trimestre de 2008, o consumo teve alta de 3,2%. Ao longo do primeiro semestre, os gastos das famílias cresceu 2,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses, acumula incremento de 3,5%.

Já o consumo do governo no segundo trimestre registrou variação negativa de 0,1% em relação ao primeiro trimestre. Sobre igual período em 2008, constatou-se crescimento de 2,2%. No primeiro semestre, registra alta de 2,5%, e nos últimos 12 meses, o aumento chega a 4,2%.
O investimento --medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e que indica a confiança das empresas--, ficou estável em relação ao primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve retração de 17%. No acumulado do semestre, a queda foi de 15,6%, e nos últimos 12 meses, a queda chega a 2,2%.

A taxa de investimento de abril a junho representou 15,7% do PIB, a menor para um segundo trimestre desde 2003 (14,8%); em igual período em 2008, a taxa significou 18,5%. No acumulado do semestre, o investimento representou 16,1% do PIB, menor taxa desde o primeiro semestre de 2005.

O setor industrial, após dois trimestres negativos, teve alta de 2,1% frente ao primeiro trimestre. Em relação ao período de abril a junho do ano passado, a indústria caiu 7,9%. De janeiro a junho, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 3%.

Já o setor de serviços registrou incremento de 1,2% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB dos serviços subiu 2,4%, assim como no acumulado do primeiro semestre, cujo avanço chegou a 2,1%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, verifica-se alta de 3,1%.

O setor agropecuário, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% na comparação com o período de janeiro a março deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a agropecuária teve queda de 4,2%.

A retração do setor chegou a 3% quando o desempenho de janeiro a junho é comparado a igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses, foi constatado avanço de 0,2%.

Fonte: CIRILO JUNIOR Folha Online

10/9/2009

Porém, foi registrada uma saída de US$ 1,1 bilhão no início de setembro.
BC já comprou mais de US$ 11 bilhões no mercado à vista em 2009.

O fluxo de dólares para a economia brasileira (ingresso menos saída de recursos) permaneceu positivo em agosto, com a entrada líquida de US$ 2,95 bilhões, segundo números divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Banco Central.


Este foi o quinto mês consecutivo de ingresso de divisas na economia brasileira. O saldo tem ficado positivo desde março deste ano, quando houve a saída líquida de US$ 797 milhões. O ingresso de dólares de agosto também é o maior volume desde maio deste ano (+US$ 3,13 bilhões).

 Entretanto, os dados do BC mostram que houve mais saída do que entrada de dólares no país no início de setembro. Neste mês, até a última sexta-feira (4), US$ 1,1 bilhão deixaram a economia brasileira.

Operações comerciais e financeiras

Em agosto, segundo a Autoridade Monetária, US$ 1,33 bilhão entraram no país por conta das operações comerciais (fechamento de contratos de exportação de US$ 12,86 bilhões e de US$ 11,52 bilhões para importações).


Ao mesmo tempo, a chamada conta financeira, pela qual transitam os investimentos diretos, aplicações em bolsa de valores e renda fixa, entre outros, teve saldo positivo (ingresso) de US$ 1,61 bilhão no mês passado.

Juntas, as operações da balança comercial, e da conta financeira, englobam todas as entradas e saídas de dólares da economia brasileira.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro até o dia 4 de setembro deste ano, segundo o BC, houve o ingresso líquido (entradas menos saídas de divisas) de US$ 5,78 bilhões no país. Isso representa, porém, queda de 69,2% frente à entrada registrada em igual período do ano passado (US$ 18,81 bilhões).

Compras de dólares

A autoridade monetária confirmou ainda a compra de US$ 2,62 bilhões no mercado à vista de dólares no mês de agosto. As compras de divisas não eram realizadas desde o agravamento da crise financeira, em setembro do ano passado, e voltaram a ser feitas somente em maio deste ano.


Em maio, junho e julho de 2009, respectivamente, o BC comprou US$ 2,74 bilhões, US$ 3,24 bilhões e US$ 2,16 bilhões no mercado à vista, recursos que vão para as reservas cambiais brasileiras. No início de setembro, até o dia 4, última sexta-feira, o BC comprou mais US$ 323 milhões. Neste ano, portanto, as aquisições já somaram US$ 11,1 bilhões.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

9/9/2009

A Secretaria da Fazenda paulista vai criar o DEC (Domicílio Eletrônico do Contribuinte), um e-mail para se comunicar com as empresas, fazer notificações e até autuar. Em dois anos, o governo paulista pretende fornecer esse endereço eletrônico a todas as empresas do Estado de São Paulo.

Para estruturar o sistema de comunicação virtual, o fisco prepara mudanças na legislação do ICMS e deve encaminhar projeto de lei para a Assembleia Legislativa neste mês.

Com o domicílio eletrônico, a Secretaria da Fazenda quer agilizar as disputas que ocorrem entre o fisco e os contribuintes em processos administrativos e também economizar recursos.

Os fiscais deixam de ir para as ruas para entregar intimações, notificações e autos de infração e passam a trabalhar na análise e no cruzamento de dados para combater a sonegação fiscal.

Se, ao cruzar os dados recebidos de administradoras de cartões de crédito, o fisco notar divergências nas informações prestadas por 100 mil contribuintes, por exemplo, os fiscais têm hoje de notificar cada uma dessas 100 mil pessoas. Com o domicílio eletrônico, esse trabalho pode ser feito por meio digital, de forma mais rápida.

Não dá mais para mandar um fiscal para cada contribuinte que mostra inconsistência nas informações para o fisco. A ideia é aperfeiçoar a lei do ICMS para poder agir por meio eletrônico. Estamos atentos à modernização tecnológica para combater a sonegação fiscal, afirma Mauro Ricardo Costa, secretário da Fazenda paulista.

A conversa virtual entre o fisco e o contribuinte vai permitir, segundo o secretário, que uma empresa evite receber autos de infração. Isso porque o contribuinte será avisado pelo meio eletrônico, antes de notificado ou autuado, sobre eventuais erros nas informações declaradas ao fisco e poderá fazer correções espontaneamente.

Hoje, quando o fisco identifica alguma inconsistência nos dados informados pelo contribuinte, tem de abrir um procedimento fiscal. Com isso, o contribuinte perde o direito de corrigir voluntariamente os erros de informação e já fica sujeito a autuações e multas. Na mudança que a Fazenda paulista quer fazer na lei do ICMS, o aviso feito por meio eletrônico não será considerado notificação.

Tendência mundial

A comunicação do fisco com o contribuinte pelo meio virtual é uma Tendência no mundo e no Brasil, segundo advogados e consultores em tributação.

A internet é um meio cada vez mais seguro para se comunicar. Se for algo devidamente divulgado e dê ao contribuinte prazo para se defender, essa proposta [do domicílio eletrônicos] pode agilizar e facilitar a vida do fisco e do contribuinte, afirma a advogada Maria Carolina Paciléo Mendes.

A lei 11.195, de 2005, conhecida como MP do Bem, já admite a intimação dos contribuintes [pessoas físicas e jurídicas] por meio eletrônico, considerando o endereço cadastrado pela empresa. Esse também já é um posicionamento do Superior Tribunal de Justiça.

Para o advogado Ives Gandra da Silva Martins, a criação do domicilio eletrônico para agilizar o contato entre o fisco e o contribuinte é positiva, desde que a empresa concorde com esse tipo de comunicação e que a troca de informação seja segura. Indiscutivelmente, haverá Economia para a Fazenda e para o contribuinte.


 

Fonte: Folha de São Paulo - SP